Resolução - Comissão para Ações Missionárias

  
XII SÍNODO DOS BISPOS
COMISSÃO PARA AÇÕES MISSIONÁRIAS

PROÊMIO

1 - Deus pediu aos seus filhos para serem um povo em “saída” desde os primórdios do mundo. A Abraão pediu para abandonar a sua terra e ir rumo para uma nova terra (Gn 12, 1-3). Moisés foi chamado a deixar o Egito e partir com o seu povo rumo à terra prometida (Ex 3,17). Deus disse a Jeremias: “Irás aonde Eu te enviar” (Jr 1,7). Jesus em toda a sua vida pública viveu em “saída” e convidava os seus discípulos a fazerem o mesmo. Uma de suas últimas palavras foi “Ide e fazei discípulos entre as nações!” (cf. Mt 28,19). Diante destes textos retirados da Sagrada Escritura é possível ver que o serviço missionário sempre esteve presente na história e continua sendo a principal missão do Cristão para que sejamos um povo Sacerdotal.

2 - “A missão surgiu da vontade do Pai, do qual enviou seu Filho Unigênito para proliferar seu amor na terra. Assim, o mistério de Pentecostes, por vontade d'Ele, foi enviado o Espírito Santo para que desse ânimo e força à Igreja e, por meio d'Ela, ''os fiéis pudessem ter acesso ao mistério de fé do Pai por Cristo, num só Espírito''[Constituição Dogmática LUMEN GENTIUM - O Espírito santificador e vivificador da Igreja, n. 4].

3 - O Apostolado Habbiano imagem e semelhança da Igreja Católica da realidade também sempre foi guiada por esse Espírito em Saída. “Decidimos, com coragem, abrir as portas deste lugar para Cristo e anunciar, sem medo, a doce e reconfortante Alegria do Evangelho num mundo cada vez mais fechado ao Senhor Jesus. A missão da Igreja aqui e em todo lugar deve ser a de ANUNCIAR, SEM MEDO, que Cristo VIVE e nos quer VIVOS, como suas testemunhas. O maior e melhor exemplo que a Igreja pode dar, muito mais do que por palavras, é pelo seu TESTEMUNHO e pela sua atitude.” (Cf. Homilia de Sua Santidade, o Papa Gregório XVII, O Magno, julho de 2020.) Assim deve ser composto o Clero para que possam dar frutos, um Colégio de Testemunho e atitude, sendo esta última primordial para uma missão evangelizadora.

CAPÍTULO I
Discussões Sobre as Ações Missionárias no X Sínodo Dos Bispos


4 - “A ação missionária implica o envio, a saída, a ida ao encontro do fiel. Porém, erroneamente se pensa que a missão precisa ser algo espalhafatoso, grande e memorável, quando, na verdade, é algo muito mais simples que celebrar uma missa. A missão precisa ser ressignificada no sentido de ser algo comum, quotidiano e de pouquíssimo esforço.” [Documento Sinodal – Comissão para Ações Missionárias – X Sínodo Dos Bispos]. Dessa forma, a Comissão idealizou uma série de ações que poderiam ser excluídas do nosso convívio e a restruturação de outras para que sejam mais eficazes. Sabemos que as missões de Evangelização são táticas de busca por vocações presbiterais e religiosas, mas, também, de encontro com novas vocações laicais.
 
5 - A Comissão Sinodal também destacou no documento que deve-se criar um site para a formação laical no Habbo, além de criar uma escola da fé, uma espécie de seminário para leigos, como uma sala de catequese. Além disso, devem ser feitos retiros, eventos com os leigos para meditação da Palavra, adoração ao Santíssimo, procissões, encontros de aprofundamento espiritual, e formar uma espécie de pastoral da acolhida para os leigos, até porque “acolher bem também é evangelizar”, como nos diz o Santuário Nacional de Aparecida num de seus famosos slogans.

6 - “Exercer, enquanto cristãos, o sacerdócio régio é aceitar o chamado do Senhor, como fora feito ao profeta Isaías, e ardentemente seguir a missão anunciadora da boa-nova de Cristo. Sabendo, todavia, que a Igreja não se detém do poder salvífico é necessário firmar nosso apostolado” [Constituição Conciliar SALUS ANIMARUM - Sobre a Igreja no Habbo Hotel, de João II. Capítulo I, da Natureza Eclesial] esse trecho foi anexado pelo Papa João Paulo VII na Exortação Apostólica Pós Sinodal reforçando a Natureza Eclesial reforçando ainda mais a Ideia de que o Serviço Missionário é um dever nosso não só como Clérigos, mas sobretudo como Cristãos desde o Nosso Batismo.

CAPÍTULO II
Discussões Sobre as Ações Missionárias no XI Sínodo Dos Bispos

7 - “Conhecemos a teoria, porém a prática está longe de ser alcançada devido à procrastinação da nossa estrutura. A Igreja não pode simplesmente mudar seus métodos de evangelização sem ao menos entender a realidade de cada pessoa presente pelos quartos do Hotel. Sendo assim, devemos saber que lidamos com jovens e, portanto, devemos pregar para essa classe de pessoas de uma forma mais aprimorada. Isto é: sem gritos, sem flood's, sem incômodos que muitas vezes tendemos a fazer porquê talvez foi assim que nos chamaram à fazer parte da Igreja virtual.” Documento Sinodal – Comissão para Nova Evangelização – XI Sínodo Dos Bispos Isso posto foi concluído que apesar das boas discussões levantadas no sínodo anterior, pouco foi de fato feito para que as ações fossem colocadas em prática, muito devido a falta de atitude da estrutura como um todo.

8 - “Somos uma comunidade de fé e vivência do carisma Santo e Invicto da Santa Madre Igreja, com o intuito de evangelizar e difundir a santidade a partir da prática da escuta e pregação da Palavra’’ (JOÃO PAULO VII, Constituição Conciliar ‘Predicate Evangelium’, Cap IV, n° XXII). Faz-se necessário não só formar os seminaristas para serem diáconos e depois. Faz-se necessário não só formar os seminaristas para serem diáconos e depois presbíteros, mas fazer uma formação para os leigos e uma formação continuada para os clérigos, na Liturgia, na Eclesiologia, na Mariologia, na Cristologia, na Apologética, em âmbitos catequéticos e doutrinários. Isso é importante pois a estrutura pois para pleno funcionamento todas as partes devem estar alinhadas e os clérigos ao abordarem um leigo tem que passar a imagem verdadeira de nossa missão e sem a devida formação isso pode não transparecer.

CONCLUSÃO

9- Precisamos nos empenhar mais na evangelização dos leigos, promovendo mais missões pelos quartos, rodas de conversa, atendimento de confissões (promover especialmente na Quaresma, no Advento e no Domingo da Misericórdia mutirões de confissões no Habbo), fazer mais procissões, retiros, manhãs ou tardes de espiritualidade com pregações, adoração ao Santíssimo, rezar o Terço nas igrejas do Habbo, engajar os leigos nos movimentos e pastorais da Igreja, conversar mais com eles e de forma saudável e amistosa, precisamos também buscar novos vocacionados, fomentar a criação de uma apostila de formação para os leigos e criar quartos de catequese no Habbo.

10 – A Capacitação dos nossos Clérigos também se faz necessária, pois muitos desconhecem o vasto aprendizado que podemos ter com nossos documentos sinodais e conciliares, mal sabendo qual nossa verdadeira missão, pois como foi tratado no Concilio Vaticano VII, não somos um RPG e sim um Apostolado que deve de fato exprimir toda a Fé e evangelização que é ensinada na Igreja Católica Apostólica Romana, utilizando de nossa missão como filhos de Deus batizados, podendo fazer uma conversão real de um irmão afastado do Reino de Deus.

+ Darllan Victor Cardeal D’Médici Messias
Membro da Comissão Sinodal para a Ações Missionárias

+ Lucas Oliveira
Secretário da Comissão Sinodal para a Ações Missionárias